terça-feira, janeiro 27, 2009

Se


a minha avó maria estivesse viva, fazia hoje 100 anos.

(eu, se tivesse nascido em 1909 [a 27 de Janeiro], também fazia hoje 100 anos.)


13 comentários:

  1. E 1989, de que eu me lembro tão bem de escrever nos sumários da escola, foi há 20.
    Que deprimente.

    ResponderEliminar
  2. sabes, eu quando regresso a Queluz, tenho sempre um "episódio depressivo".
    angustia-me ver os meninos rebeldes de ontem com as pastinhas na mão, e a gravata ao pescoço.

    SE ao menos o tempo não passasse a correr...

    ResponderEliminar
  3. tic tac tic tac. (1 Junho 2014)

    ResponderEliminar
  4. http://emnosehtudo.blogspot.pt/2014/06/se.html
    Junho 1, 2014


    Se

    a minha avó isaura estivesse viva, faria hoje 100 anos.

    (eu, se tivesse nascido em 1914 [a 1 de Junho], também faria hoje 100 anos.)



    Publicada por menina de porcelana
    Etiquetas: (im)possibilidades, família, idades, se's

    ResponderEliminar
  5. "E as ovelhas não sujam tudo ali dentro?"



    Vê lá se descobres porque é que este vídeo-jogo me fez lembrar a avó...

    https://www.humblebundle.com/store/p/antichamber_storefront <- Antichamber (o jogo)

    ResponderEliminar
  6. Bem... o blogue continua morto-vivo... mas fez ontem (24 Julho 2015) 1/10 de século.

    Uma década inteirinha!

    *

    ResponderEliminar
  7. Vê lá se descobres porque é que este vídeo me fez lembrar a avó...

    http://i.imgur.com/Put4gIH.webm

    A espreitar atrás da televisão a ver como é que o rebanho lá entrava...
    e depois "torcia o nariz" e dizia algo do género:
    "Devem sujar aquilo tudo lá dentro."

    ResponderEliminar
  8. "[...] Vai fazer 79 anos este ano...
    Faço a 28 de Agosto, segundo a minha mãe diz. Só que o registo está no dia 2 de Setembro. Foi para não pagar a multa.

    Era um estratagema comum.
    Era. Atrasavam-se [a registar]. Nasci numa aldeia. No outro dia, fui lá. Tem agora casa bonitas. A minha prima vive na casa onde nasci, melhorou-a muito. Era uma casa de rés-do-chão, de pedra de xisto e chão de xisto. “Anda cá ver a casa onde nasceste.” [...]"

    TEXTO INTEGRAL: http://www.publico.pt/portugal/noticia/um-general-tambem-se-comove-1693348

    ResponderEliminar
  9. VIDEO: https://youtu.be/KfvK0JI0Xfo?t=24m4s [ver até t=30m5s] <- Tatjana Tolstaja, escritora, e Wim Kayzer conversam acerca da busca da harmonia [descrita matematicamente mas não só] da existência.



    VIDEO: https://youtu.be/8qDZkNhEQK4?t=15m33s [ver até t=19m33s] <- Leon Lederman, físico experimental, e Wim Kayser conversam acerca da possibilidade de visualização(?)/percepção de conceitos abstractos.



    [Programa com título "Van De Schoonheid en de Troost" no original holandês; "Of Beauty and Consolation" na versão inglesa e "O Belo e a Consolação" na tradução portuguesa, que em alguns programas mudou para, "Da Beleza e Consolação".]

    ResponderEliminar
  10. “You know I wouldn't be rude to the old woman who posed for that. What I can't understand is a so-called artist having the gall to pose somebody's great grandmother in her skin . . . and you having the bad taste to want it around . . . ”
    “Anyone can see a pretty girl. An artist can look at a pretty girl and see the old woman she will become. A better artist can look at an old woman and see the pretty girl she used to be. A great artist can look at an old woman, portray her exactly as she is . . . and force the viewer to see the pretty girl she used to be . . . more than that, he can make anyone with the sensitivity of an armadillo see that this lovely young girl is still alive, prisoned inside her ruined body. He can make you feel the quiet, endless tragedy that there was never a girl born who ever grew older than eighteen in her heart . . . no matter what the merciless hours have done. Look at her, Ben. Growing old doesn't matter to you and me—but it does to them. Look at her!”



    Robert Heinlein, Stranger in a Strange Land

    ResponderEliminar
  11. VIDEO: https://youtu.be/raV3PdvzSrM?t=9m41s <- poema "To His Coy Mistress" de ANDREW MARVELL recitado por Wole Soyinka no programa O BELO E A CONSOLAÇÃO.

    Apresentada por Wim Kayzer (jornalista, cineasta e escritor) e produzida por Vera de Vries, foi pela primeira vez transmitida pela televisão holandesa VPRO, em 2000.
    No site da VPRO (http://www.vpro.nl/programma/schoonheidentroost/afleveringen/) existe documentação áudio e vídeo em Inglês sobre a série.
    Livro em holandês de Wim Kayzer de título "Het boek van de schoonheid en de troost" (O livro da beleza e consolação), que saiu na mesma altura em que a série foi apresentada na Holanda. Só(?) teve edição holandesa.



    https://www.poetryfoundation.org/poems/44688/to-his-coy-mistress

    To His Coy Mistress
    BY ANDREW MARVELL

    Had we but world enough and time,
    This coyness, lady, were no crime.
    We would sit down, and think which way
    To walk, and pass our long love’s day.
    Thou by the Indian Ganges’ side
    Shouldst rubies find; I by the tide
    Of Humber would complain. I would
    Love you ten years before the flood,
    And you should, if you please, refuse
    Till the conversion of the Jews.
    My vegetable love should grow
    Vaster than empires and more slow;
    An hundred years should go to praise
    Thine eyes, and on thy forehead gaze;
    Two hundred to adore each breast,
    But thirty thousand to the rest;
    An age at least to every part,
    And the last age should show your heart.
    For, lady, you deserve this state,
    Nor would I love at lower rate.
    But at my back I always hear
    Time’s wingèd chariot hurrying near;
    And yonder all before us lie
    Deserts of vast eternity.

    Thy beauty shall no more be found;
    Nor, in thy marble vault, shall sound
    My echoing song; then worms shall try
    That long-preserved virginity,
    And your quaint honour turn to dust,
    And into ashes all my lust;
    The grave’s a fine and private place,
    But none, I think, do there embrace.
    Now therefore, while the youthful hue
    Sits on thy skin like morning dew,
    And while thy willing soul transpires
    At every pore with instant fires,
    Now let us sport us while we may,
    And now, like amorous birds of prey,
    Rather at once our time devour
    Than languish in his slow-chapped power.
    Let us roll all our strength and all
    Our sweetness up into one ball,
    And tear our pleasures with rough strife
    Through the iron gates of life:
    Thus, though we cannot make our sun
    Stand still, yet we will make him run.

    ResponderEliminar
  12. To make a prairie

    To make a prairie it takes a clover and one bee,
    One clover, and a bee.
    And revery.
    The revery alone will do,
    If bees are few.

     

    [Emily Dickinson]



    ------------------------



    Para fazer um campo, é preciso trevo e uma abelha,

    um trevo e uma abelha.

    E devaneio.

    O devaneio só será bastante

    Se as abelhas poucas forem nesse instante.



    [Tradução de Zé no Mundo]

    ResponderEliminar
  13. Excerto do conto EVOLUÇÃO DE UMA MÍOPIA (de Clarice Lispector):

    "[...] adaptou-se ao amor de uma mulher, amor novo que não parecia com o amor dos outros adultos: era um amor pedindo realização, pois faltava à prima a gravidez, que já é em si um amor materno realizado. Mas era um amor sem a prévia gravidez. Era um amor pedindo, a posteriori, a concepção. Enfim, o amor impossível.
    O dia inteiro o amor exigindo um passado que redimisse o presente e o futuro. O dia inteiro, sem uma palavra, ela exigindo dele que ele tivesse nascido no ventre dela. A prima não queria nada dele, senão isso. Ela queria do menino de óculos que ela não fosse uma mulher sem filhos. Nesse dia, pois, ele conheceu uma das raras formas de estabilidade: a estabilidade do desejo irrealizável. A estabilidade do ideal inatingível. Pela primeira vez, ele, que era um ser votado à moderação, pela primeira vez sentiu-se atraído pelo imoderado: atração pelo extremo impossível. Numa palavra, pelo impossível. [...]"

    ResponderEliminar